Prosa & Poesia

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DIA DAS MÃES

A essência da palavra destas linhas é de respeito à mulher que, em qualquer canto do Rio Grande do Sul, enfrenta há dezena de dias a dor do medo, a angústia da proximidade do fim para filhos que, com alegria única, terá recebido um dia para cumprir, neste plano da vida, a sagrada missão de ser mãe.

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TANTO FAZ!

Ouvi essa expressão, forte em si mesma, da voz de sua própria escritora, por cuja produção nutro respeito profundo e onde costumo encontrar, além de fonte de inspiração, verdades reconhecidas por vasta e rica experiência de vida pautada na entrega que só o Amor (assim maiúsculo) pode proporcionar.

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CONVERSA COM JOSÉ BRAGA

Estas linhas, que sequer se aproximam da beleza do que produzes retirado de teu
coração sempre generoso, começaram a ser escritas para festejar teu aniversário, 15 de
fevereiro, mas as recolhi quando Robério, o caçula de Sebastiana e Lourenço, leu para mim o
que deixara brotar de seu amor, e o fiz por respeito ao mais novo e à beleza de sua pena, poética
e carregada de carinho e respeito por quem é mestre de todos nós.

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DEDILHANDO A VIDA

Funcionária pública federal concursada, teve condições de dividir com o marido – um professor do curso ginasial, apaixonado por literatura, que ensinava, e por música que entoava no violão que o acompanhara em serenatas, inclusive para ela própria – as despesas de manutenção da casa que, a muito custo, conseguiram comprar em bairro de classe média, além de com a formação do único filho que resultou de seu casamento.

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ANO NOVO

De janeiro a novembro, sempre que se aproxima o final do mês – tempo de alegria efêmera para o trabalhador que precisa de extraordinário exercício que lhe garanta manter a si e aos seus, ainda que sem conseguir saldar com pontualidade todas as dívidas a que se obriga para sobreviver – falamos de tempo igual que está a chegar, mesmo no apressado fevereiro, que costuma despedir-se mais cedo e que às vezes tem o privilégio de comportar a maior festa popular do planeta, o carnaval brasileiro – do samba, do axé, do maracatu, do frevo, dos blocos, das escolas, dos desfiles, dos folguedos todos, bem elaborados ou não – e então falamos do “mês que vem”.

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OUTUBRO

Outubro, que está a terminar, é tempo de primavera, foi o que aprendi desde quando a mãe Natureza, por não violentada, entregava-se ao luxo de respeitar suas próprias leis, em sinais fortes de superioridade sobre o Homem, esse ser incrível que, ao tempo em que cria a possibilidade indiana de visitar parte obscura da lua ainda não conhecida, é capaz de queimar a floresta impondo sua sanha de destruição.

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ESQUISITICES II

Dia desses escrevi texto sobre coisas bizarras e fatos excêntricos com que somos obrigados a conviver, seja pelo pouco preparo de alguns, pelo autoritarismo de quem se julga superior aos que o cercam e àqueles com quem “é obrigado” a conviver, desrespeitando-os até mesmo na formação de filas para observância do tratamento prioritário garantido legalmente, seja, ainda, por condenáveis manifestações de esdrúxulo poder dos que retiram de eleições, com ou sem votos impressos, força que não foi nem lhes poderia ter sido atribuída.

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LOURENÇO, O PAI

Aproxima-se o 25 de setembro (hoje são 15) e faz-se em mim nostalgia que não consigo controlar. É que naquele dia, no distante ano da proclamação da República–ainda em pleno Império, portanto, mesmo decadente e bombardeado pelos políticos de então, por jornalistas e demais forças que se diziam progressistas e que exigiam nova configuração para o poder de comando deste canto do mundo

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