Prosa & Poesia

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OUTUBRO

Outubro, que está a terminar, é tempo de primavera, foi o que aprendi desde quando a mãe Natureza, por não violentada, entregava-se ao luxo de respeitar suas próprias leis, em sinais fortes de superioridade sobre o Homem, esse ser incrível que, ao tempo em que cria a possibilidade indiana de visitar parte obscura da lua ainda não conhecida, é capaz de queimar a floresta impondo sua sanha de destruição.

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ESQUISITICES II

Dia desses escrevi texto sobre coisas bizarras e fatos excêntricos com que somos obrigados a conviver, seja pelo pouco preparo de alguns, pelo autoritarismo de quem se julga superior aos que o cercam e àqueles com quem “é obrigado” a conviver, desrespeitando-os até mesmo na formação de filas para observância do tratamento prioritário garantido legalmente, seja, ainda, por condenáveis manifestações de esdrúxulo poder dos que retiram de eleições, com ou sem votos impressos, força que não foi nem lhes poderia ter sido atribuída.

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LOURENÇO, O PAI

Aproxima-se o 25 de setembro (hoje são 15) e faz-se em mim nostalgia que não consigo controlar. É que naquele dia, no distante ano da proclamação da República–ainda em pleno Império, portanto, mesmo decadente e bombardeado pelos políticos de então, por jornalistas e demais forças que se diziam progressistas e que exigiam nova configuração para o poder de comando deste canto do mundo

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ESQUISITICES

Escrevo estas linhas ao término do que foi chamado por muito tempo de Semana da Pátria, dias iniciais do mês de setembro que para nós, neste canto do mundo, congregam duas datas magnas: a de 7, para relembrar a ousadia do Imperador Pedro de romper os laços de subordinação política, econômica, jurídica e administrativa com sua pátria de origem, de onde também vieram, três séculos antes, os que nos descobriram chefiados por Cabral; a de 5, quando se comemora (ou deveria comemorar com certa pompa até) a elevação do Amazonas à categoria de Província, destacando-se do Grão Pará a que se subordinava na formação do vizinho estado que tem Belém por Capital.

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MEU PAI

Há 35 anos, em noite paulista de 10 de setembro, realizaste a viagem definitiva, após cirurgia bem sucedida para recomposição do fêmur fortemente atingido com fratura por uma queda da cadeira de balanço em que costumavas ficar boa parte de teu tempo aos 97 anos de idade.

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A FÉ TRAZ O BEM

Nos últimos dez dias do mês que findou, vivi experiência humana que, por tão enriquecedora, fez-me obrigado a dividir com meus poucos leitores neste
espaço generosamente permitido, sem que tenha a pretensão, como necessário, de ser ou parecer piegas por falar do que envolve familiar meu,
ainda menor e que, por isso mesmo, nem me pode autorizar a fazê-lo.

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CONVERSA COM JUSTINA

Pois é, o tempo foi ficando para trás, dia a dia, ano a ano, guardando alegrias, deixando saudades, fazendo tristezas e frustrações, marcando de rugas mesmo os rostos mais belos, dando a cada um escolhas de caminhos, de idas e vindas, de encontros, de desencontros, de lembranças a guardar, outras tantas a dispensar, o tempo foi vida, enfim, e o quanto com ele tenhamos aprendido, ou deixado de perceber, faz-nos vivos a ponto de me permitir beijar-te a fronte, Maria Justina, irmã querida, quando teu espírito se orna de graça para festejar oitenta anos de permanência neste canto do mundo.

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A MAGIA DA ILHA

Assisti, no último final de semana – mercê da beleza dos modernos recursos audiovisuais que nos permitem acesso franco, pleno e atual à
realidade por mais distante que esteja fisicamente – à belíssima festa com que o povo de Parintins, ilha Tupinambarana, presenteia o mundo, sob as bençãos
de Nossa Senhora do Carmo, brincando de boi-bumbá nos dias finais de junho, com as maravilhas do folclore de povos originários, de nossos ancestrais,
levando para o Bumbódromo, palco do espetáculo, a arte incomparável de quantos dedicam grande parte de suas vidas à criação do belo, vista-se ele da
cor azul ou de vermelho.

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Malditos Bombons

Há dois dias, encontrei na internet, e depois assisti em reportagem exibida por televisão nacional, matéria dando conta de mais uma operação policial na metrópole paulista que me faz voltar, muito a contragosto, a tema que sempre a mim me inquieta profundamente e que de fato não gostaria de abordar, não fora minha inconformação com a truculência que isso representa como violação de direitos fundamentais de quem é tão humano, tão cidadão quanto
os que se fardam para, em nome do Estado e ao contrário do que deveriam fazer, saírem às ruas a espalhar o medo em lugar da paz que lhes compete promover e preservar.

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