Coreia do Sul decreta lei marcial para combater “elementos pró-Coreia do Norte”
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou a decretação de lei marcial em todo o país, afirmando ser uma medida necessária para combater “elementos pró-Coreia do Norte” e conter a influência comunista. A decisão foi recebida com protestos intensos por parte da oposição e de membros do próprio governo, que acusam o presidente de usar a segurança nacional como pretexto para restringir liberdades civis.
“Não podemos permitir que agentes externos ou internos ameacem a estabilidade e a soberania da nossa nação”, declarou o presidente em pronunciamento oficial. “Essa é uma medida temporária e indispensável para garantir a segurança do povo sul-coreano.”
Entretanto, líderes oposicionistas criticaram a decisão, alertando para possíveis abusos de poder e repressão. “A lei marcial não é uma solução, mas uma grave ameaça à democracia que conquistamos com tanto sacrifício”, afirmou Kim Jin-hyuk, líder do Partido Democrático, principal oposição ao governo.
Manifestações contra a medida tomaram as ruas de Seul e outras cidades do país. Ativistas argumentam que a ação pode levar à violação de direitos humanos e à restrição de liberdades fundamentais, como o direito de reunião e expressão.
Analistas políticos destacam que o decreto ocorre em meio a tensões crescentes na Península Coreana e a um aumento de críticas ao governo de Yoon Suk-yeol por questões econômicas e sociais. “Há um uso estratégico da ameaça comunista para consolidar poder, mas isso pode ter efeitos devastadores na confiança pública e na imagem internacional da Coreia do Sul”, avaliou o professor Lee Min-jae, da Universidade Nacional de Seul.
O governo ainda não anunciou a duração prevista para a lei marcial, enquanto a oposição promete levar a questão ao Tribunal Constitucional. A comunidade internacional observa de perto o desenrolar da crise, temendo impactos na já instável relação entre as Coreias.