Prefeitura de Manaus promove ação educativa no Terminal 1 para alertar sobre a hanseníase
Reforçando o alerta para a prevenção e controle da hanseníase no município, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), promoveu, nesta sexta-feira, 19/1, uma ação educativa no Terminal de Integração 1 (T1), no Centro. A ação foi executada pela equipe da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) – Sul 06, localizada no bairro Presidente Vargas, com a distribuição de material educativo e orientações sobre sintomas, transmissão, diagnóstico e tratamento da doença.
De acordo com a enfermeira Mary Anny Cassiano de Moraes, a ação no T1 faz parte da programação do “Janeiro Roxo”, campanha de combate à hanseníase que a prefeitura promove todos os anos para alertar a população sobre a doença.
“A equipe de saúde tem realizado várias ações durante o mês, atuando na área de abrangência da UBSF, orientando os comerciantes, moradores e os pacientes que aguardam atendimento na recepção. Nesta ação, realizada no T1, o nosso objetivo foi conversar com as pessoas e informar sobre a hanseníase, que é uma doença que tem cura e que o diagnóstico e o tratamento estão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde. Assim, elas podem repassar as informações para outras pessoas”, explicou Mary Anny.
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen. A transmissão da doença ocorre de uma pessoa infectada pelo bacilo (sem tratamento) para uma pessoa sadia, por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro. As chances de transmissão são maiores quando o contato com a pessoa doente é próximo e prolongado, em ambientes fechados.
A médica Cleice Oliveira, que também atua na UBSF – Sul 06, alertou que pessoas que apresentam sintomas da hanseníase, como manchas na pele que são esbranquiçadas, avermelhadas e amarronzadas, devem procurar a unidade de saúde mais próxima do domicílio para fazer uma avaliação.
“A hanseníase é uma doença infectocontagiosa e pode levar de dois a sete anos para se manifestar. Então, quem teve contato com pessoas com a doença, da família ou próximas, tem que observar os sintomas e também procurar uma Unidade de Saúde para avaliação”, orientou Cleice.
Além de manchas na pele, com perda de sensibilidade ao calor, ao frio, a dor e ao tato, os sintomas da hanseníase podem incluir: sensação de fisgada, choque, dormência, câimbras e formigamento em algumas áreas dos braços, mãos, pernas ou pés; inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; diminuição do suor e dos pelos, principalmente nas sobrancelhas; e redução da força muscular, sobretudo nas mãos (dificuldade para segurar objetos) ou nos pés.
Para a dona de casa Franciane Marques, que participou da ação no T1, é importante receber e compartilhar as informações sobre a hanseníase. “Já conhecia a doença, que antigamente não tinha cura, mas agora tem tratamento. E descobrindo ela no início, é mais rápida a cura. Para quem não sabe da doença e da gravidade dela, é importante conhecer”, afirmou Franciane.
A técnica do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Eunice Jácome, informa que, em 2023, o município de Manaus registrou 106 casos novos de hanseníase. Desse total, uma proporção de 17% apresentou grau 2 de incapacidade física, ou seja, já apresentavam sequelas no momento do diagnóstico.
“As sequelas da hanseníase ocorrem quando o diagnóstico não é precoce e por isso as pessoas devem procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível para ter o diagnóstico e iniciar o tratamento. As ações do Janeiro Roxo despertam a curiosidade acerca da doença, intensificam a sensibilização sobre importância do diagnóstico precoce e, com a alta divulgação, a procura por exames dermatológicos e o número de casos notificados sempre têm aumentado nos meses de janeiro e fevereiro”, afirma Eunice.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Artur Barbosa / Semsa