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Dez meses de ‘Asfalta Manaus’ contra décadas de ruas abandonadas

O programa “Asfalta Manaus”, fruto do convênio entre a Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas, chega aos dez meses de implantação, nesta quinta-feira, 2/3, com a marca de 1.827 ruas contempladas na capital amazonense. As vias receberam todas as etapas do serviço, desde o nivelamento da pista, a fresagem, a retirada do antigo pavimento, até a imprimação e aplicação de massa asfáltica. 

Em grande parte dos bairros,  o ‘Asfalta Manaus’ chega após décadas de espera por infraestrutura, como no Planalto, zona Centro-Oeste . “Agora sim, sem buracos. Um tapete. Nunca vou esquecer dos anos de abandono e de desespero ao passar pelas crateras. Eu sei que é difícil de acreditar, mas no quesito infraestrutura, o Planalto sempre pecou muito. Posso falar, hoje, que minha rua tem um asfalto lisinho e nota 10”, comemorou a moradora Regina Martins, 67.

“Manaus passou por uma longa fase de descaso no que tange à infraestrutura. Hoje, a mudança é visível, temos uma cidade que, praticamente, virou um canteiro de obras. O ‘Asfalta Manaus’ é revolucionário, pois abrange todas as zonas, quebra aquele paradigma de que a prefeitura só trabalha com tapa-buracos. É uma determinação do prefeito David Almeida, inclusive, que o recapeamento contemple toda a extensão da rua”, explica o secretário de Obras, Renato Junior.

Em dezembro do ano passado, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), lançou o “Asfaltômetro”, uma plataforma on-line que contabiliza e transparece, de forma didática, as vias asfaltadas pelo programa “Asfalta Manaus”.

Mensalmente, a prefeitura atualiza o site, com o número de vias recém-atendidas. Na última atualização, final de janeiro, a plataforma apresentou uma novidade, tipificação de vias e de trabalhos. Agora, a população pode consultar quais vias foram “totalmente” asfaltadas e quais foram “parcialmente” recapeadas.

Das 1.827 ruas, 62 foram parcialmente asfaltadas. Isso acontece seguindo alguns critérios, conforme explicou Renato Junior. “Realmente têm ruas em que trabalhamos de forma parcial, ou seja, asfaltando apenas um trecho da via. Isso acontece por alguns motivos, são eles: ou esse trecho da rua precisa de um trabalho de manutenção da rede de drenagem, antes de aplicarmos o asfalto, ou a concessionária de água sinalizou, de forma prévia, que vai realizar alguma operação no trecho ou a via já está em boas condições”.

De acordo com o secretário, no último caso, situações em que a rua não está tão deteriorada deixam de ser prioridades do programa.

“O nosso objetivo maior com o ‘Asfalta Manaus’ é chegar às ruas onde, por muito tempo, não passou nem um tapa-buracos, onde a situação é degradante mesmo, onde realmente precisa. Há critérios. Não me refiro às vias principais, mas elas entram também, como já aconteceu na Max Teixeira, Cosme Ferreira e 7 de Setembro, pelo grande fluxo de veículos. Me refiro, aqui, às ruas vicinais, secundárias, dentro dos bairros e na porta da casa do contribuinte”, complementou.

O maior programa de pavimentação urbana da cidade foi lançado em abril de 2022, fruto de convênio entre a Prefeitura de Manaus e o governo do Amazonas. No dia 2 de maio do mesmo ano, a primeira rua foi asfaltada no bairro Alvorada. 

Nesta quinta-feira, 2/3, o “Asfaltômetro” contabiliza 1.765 ruas recapeadas e outras 62 parcialmente executadas, o que totaliza a marca de 1.827 vias atendidas. O trabalho contempla a fresagem, que é a retirada de todo o asfalto desgastado, com a preparação da base (solo), para, na sequência, vir a aplicação do novo asfalto com o padrão de 5 centímetros de espessura de camada. A meta da gestão é recapear 10 mil ruas na cidade de Manaus.

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